top of page

Programação geral

Clique aqui para acessar a programação detalhada (Atualizado em: 11/08/2019).

Quarta-feira (14/8)

07h30-08h30 Credenciamento (Local: Aud. A)

 

08h30-09h – Solenidade de abertura  (Local: Aud. A)

09h-10h30 – Conferência de abertura (Local: Aud. A)

Título: Técnica algorítmica, mídiuns digitais

Profa. Dra. Luciana Salazar Salgado (UFSCar)

Resumo

Nos estudos da linguagem, nas vertentes que se ocupam de pensar a produção dos sentidos na língua em uso, uma certa novidade se impõe: a consideração das materialidades inscricionais. O material linguístico se inscreve em materiais outros e assim circula, produzindo sentidos. As implicações dessa inscrição articuladas às implicações de sua circulação, consideradas todas elas da perspectiva linguística, parecem oferecer aparato analítico aos estudos das mídias, especialmente das que operam em redes informacionais privadas e privativas, nas quais a lógica de uma técnica hegemônica – a algorítmica – condiciona fortemente os modos de dizer. Procuraremos, nesta ocasião, refletir sobre a produtividade da noção de mídium (Régis Debray, 2000) para estudo da comunicação no que podemos chamar de período técnico-científico informacional (Milton Santos, 1996).

10h40-12h – Sessão de debates 1 e exposição de painéis 1

12h-14h – Almoço

14h-16h – Sessão de debates 2, exposição de painéis 2 e Sessão de comunicações 1

16h-16h30 – Café

16h30-18h Mesa redonda 1 (Local: Aud. A)

Título: Ciências do Léxico e Linguística de Corpus 

Profa. Dra. Stella Esther Ortweiler Tagnin (USP)

Um dicionário bidirecional português-inglês de colocações verbais: de achados ocasionais à Linguística de Corpus aos Estudos do Léxico

Esta intervenção pretende relatar a compilação de um dicionário bilíngue bidirecional Inglês- Português de colocações verbais, abordando desde as fases iniciais do projeto, quando foram coletados exemplos de livros, revistas e jornais, até o momento em que as colocações e citações foram extraídas de corpora. Discute também as decisões que tiveram de ser tomadas, tais como o que constitui uma colocação verbal, se é muito especializada para ser listada em um dicionário geral, como selecionar um exemplo adequado e como encontrar um bom equivalente.

Prof. Dr. Odair Luiz Nadin (UNESP/Araraquara)

Seleção de unidades léxicas para a elaboração de um dicionário pedagógico português- espanhol: a contribuição da Linguística de Corpus aos Estudos do Léxico

“Tiempos modernos como decía Chaplin, y con ellos la era de las nuevas tecnologías, el bum de la informática y sus distintas aplicaciones”. (ÁGUILA ESCOBAR, 2009, p. 9).

Esses “tempos modernos” continuam influenciando e transformando a forma como pensamos, entendemos e vivenciamos nossas experiências cotidianas na contemporaneidade. Uma das importantes transformações ocorridas ao longo do século XX dado o avanço teórico- metodológico da Lexicografia, da Linguística, das Tecnologias e do ensino de línguas foi, ao contrário do que poderíamos supor, certa aproximação da obra lexicográfica ao cidadão em geral. O que antes era, muitas vezes, um enorme livro, um grande peso nas mochilas, atualmente levamos com facilidade em nossos bolsos. Essa facilidade de transporte e de acesso proporciona, novamente, um protagonismo aos dicionários em muitas de nossas atividades nas diferentes formas de interações na sociedade (trabalho, estudo, lazer etc.). A necessidade contemporânea de termos acesso rápido e eficiente à informação motivou-nos a elaborar uma proposta de dicionário pedagógico português-espanhol on-line. Para levar a cabo dito labor, inicialmente articulamo-nos à Linguística de Corpus e organizamos um corpus composto por distintos gêneros textuais presentes em manuais didáticos de espanhol para aprendizes brasileiros (conexão com o ensino de línguas) a fim de selecionar por meio de critérios quanti e qualitativos um vocabulário básico da língua espanhola para compor a nomenclatura do dicionário. Na presente apresentação, demonstraremos os processos de organização do corpus e de seleção das unidades léxicas que, após análises qualitativas, poderão ser lematizadas e compor a obra. Após a organização e revisão do corpus, geramos uma lista de frequência de unidades léxicas. A lista organizada não se transforma, automaticamente, na nomenclatura da obra, pois, entre ela e a nomenclatura propriamente dita há um longo caminho de reflexões sobre tipos de unidades que serão consideradas, como serão lematizadas e ordenadas no dicionário.

Mediadora: Profa. Dra. Regiane Aparecida Santos Zacarias (UNESP/Assis)

Quinta-feira (15/8)

08h-09h20 – Sessão de debates 3 e exposição de painéis 3

09h30-10h – Café

 

10h-12h – Mesa redonda 2 (Local: Aud. A)

Título: Ensino e Aprendizagem de Línguas

Profa. Dra. Walkyria Maria MonteMór (USP)

A relação ‘saber um idioma’ e ‘formação educacional’: visões de Sociedade, Sujeito e Línguas na Perspectiva dos Letramentos

A comunicação objetiva discutir a relação entre os enfoques linguísticos trabalhados no ensino de línguas no Brasil e as visões de sociedade e de sujeito neles refletidos. Para tal, propõe situar os conceitos de Sociedade da Escrita e Sociedade Digital nas propostas convencionais e contemporâneas do ensino de línguas e culturas estrangeiras. Pretende debater a questão tecnologia e epistemologia digital no aprendizado de línguas e na formação de professores de línguas no Brasil, analisando o conflito dessa questão diante do que se considera ‘saber / conhecer um idioma’ e ‘formação educacional’ no campo da linguística aplicada. O referencial teórico da comunicação leva em conta estudos sobre educação linguística crítica, como os de Luke (2018; 2004); Luke e Freebody (1997); Kalantzis e Cope (2012); Lankshear e Knobel (2017); Gee (2014; 2003); Saviani (2008; 1985); Monte Mór (2018; 2017) e outros.

Prof. Dr. Joaquim Dolz (UNIGE) [Skype]

O compromisso educativo das pesquisas do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD)

As pesquisas genebrinas do ISD dos últimos 40 anos versam sobre o funcionamento dos discursos, o desenvolvimento da linguagem e o ensino da língua oral e escrita. Proponho uma síntese dos trabalhos recentes do nosso grupo de pesquisa em relação aos desafios educativos do século XXI. O primeiro desafio é o papel da escola na redução de desigualdades socioeconômicas, étnicas, de gênero e associadas a diversidade. O que aportam as pesquisas sobre o ensino das línguas nessa perspectiva? Um exemplo preciso de pesquisa sobre a questão de gênero ilustrará a proposta. O segundo desafio é desenvolver uma cidadania ativa permitindo o aperfeiçoamento democrático e respeitando diferentes formas de alteridade. Como se concebe o letramento critico do ponto de vista do ISD ? O terceiro desafio escolar consiste na atualização dos currículos. O que aporta a pesquisa para fixar os grandes objetivos educativos e conceder a progressão das aprendizagens?

Mediadora: Profa. Dra. Anise d'Orange Ferreira (UNESP/Araraquara)

12h-14h – Almoço

14h-16h – Sessão de debates 4, exposição de painéis 4 e sessão de comunicações 2

16h-16h30 – Café

16h30-18h – Mesa redonda 3 (Local: Aud. A)

Título: Língua, Identidade e Discurso

Prof. Dr. Paulo Oliveira (UNICAMP/USP)

Linguagem, pensamento, cultura

Quando se fala em identidade, duas dimensões que imediatamente vêm à baila são a individual e a coletiva – com seu necessário entrelaçamento. Por mais que certas tradições linguísticas aspirem a um estatuto semelhante àquele arrogado a si pelas ciências da natureza, de observador neutro separável do fenômeno que investiga, dificilmente deixam-se separar assepticamente linguagem, pensamento e identidade, seja nas dimensões tradicionalmente consideradas subjetivas, individuais, seja na constituição coletiva da cultura – da qual os diferentes discursos são uma expressão. Retomo em minha fala questões antigas, sobre a relação entre pensamento e linguagem, por um lado, e a própria origem da linguagem humana, por outro – questões essas que voltaram a ter certo destaque no debate contemporâneo e ilustram bem algumas diferenças fundamentais na forma como são abordadas em fazeres acadêmicos distintos. Pano de fundo é uma reflexão ancorada na filosofia da linguagem, ainda que em interlocução direta com ciências empíricas como a linguística e a antropologia histórica.

Prof. Dr. Ronaldo de Oliveira Batista (UPM)

O discurso e a identidade dos linguistas: ciência, retórica e comunidades de interlocução

Nesta apresentação, a ciência é considerada como prática intelectual e social, permeada por dinâmicas de pertencimento ou não a grupos de especialidade teórica. Desse modo, os linguistas elaboram discursivamente suas circunscrições em comunidades de interlocução. Para isso, empreendem diferentes retóricas que objetivam, em essência, validar um conhecimento produzido historicamente. Nessa perspectiva, recupera-se, por uma observação ancorada na Historiografia Linguística, o lado humano da ciência, inegável mas constantemente ocultado pelo simulacro da neutralidade científica
.

Mediadora: Profa. Dra. Eliane de Lima (USP)

18h-19h – Lançamento e sorteio de livros

Sexta-feira (16/8)

08h-10h – Sessão de debates 5 e exposição de painéis 5

10h-10h30  Café

 

10h30-11h50 – Sessão de debates 6 e exposição de painéis 6

12h-14h – Almoço

14h-15h20 – Sessão de debates 7, exposição de painéis 7 e sessão de comunicações 3

15h20-16h – Café

16h-18h – Conferência de encerramento (Local: Aud. A)

Título: NOMEAR, ENUNCIAR, RESISTIR: da greve de mulheres ao feminismo 99%

Profa. Dra. Mónica Graciela Zoppi Fontana (UNICAMP)

 

Resumo

Nos últimos anos os movimentos feministas têm se mostrado como práticas de resistência com imenso poder de mobilização, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo. Na construção desses movimentos a linguagem participa de maneira central na produção de sentidos que legitimam discursos e ações de embate ideológico. Nomear os sujeitos, os objetos e os processos envolvidos; legitimar lugares de enunciação e espaços de circulação para os enunciados militantes; configurar coletivos de identificação que permitam a adesão ao movimento, são todas ações inteiramente atravessadas pela linguagem, tanto no seu funcionamento enquanto sistema linguístico quanto como prática social. Nessa conferência analisamos dois momentos recentes das mobilizações feministas: a convocação à “Greve feminista” em 2017 e o manifesto do “Feminismo para o 99%” de 2018. A análise se debruça sobre a descrição dos processos de nomeação e definição dos sujeitos e objetos dessas práticas quanto nos processos enunciativos de construção da cena enunciativa, em particular na configuração das imagens que representam o lugar dos feminismos e o de seus adversários na luta política.

 

bottom of page